Saúde socioemocional das crianças: como trabalhar na educação infantil?
Saúde socioemocional das crianças: como trabalhar na educação infantil?
Entenda a importância do desenvolvimento socioemocional para as crianças e confira um pouquinho da experiência do Toque de Mãe em relação a esse tema.
Em linhas gerais, a saúde socioemocional está relacionada com a maneira como lidamos com as emoções e com as emoções das pessoas que convivem conosco. Dessa forma, ela está alinhada à nossa sociabilidade e ao equilíbrio emocional.
A aprendizagem socioemocional na infância é extremamente importante para o desenvolvimento da autoestima e para a criação de vínculos sociais saudáveis e significativos.
Crianças com um bom desenvolvimento socioemocional são mais felizes, mais motivadas e engajadas nos estudos. Além de se tornarem mais independentes e terem maior facilidade para conviver em grupo.
Quando uma criança possui dificuldades sociais e emocionais, em geral, apresenta dificuldade para receber instruções e para participar das atividades de ensino-aprendizagem.
A saúde emocional é importante tanto para um desenvolvimento pleno e saudável na infância, mas vai refletir em toda a vida da criança, inclusive, na sua carreira profissional.
É interessante que as escolas tenham em suas propostas curriculares atividades com o objetivo de trabalhar o socioemocional na educação infantil, sabendo como abordar a questão das emoções e como estimular o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Crianças lidando com sentimentos
Como é possível desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças? O princípio de tudo é ajudar os pequenos a identificar nelas e nos outros, os sentimentos.
Os sentimentos são naturais dos seres humanos e quando nós adultos negamos os sentimentos ou reprimimos a criança quando ela expressa o que sente, estamos na verdade, deseducando-as nessa questão.
O Ideal é que as crianças aprendam a reconhecer o que sentem diante de situações difíceis, para que possam lidar melhor com essas situações. É necessário desenvolver habilidades para que elas consigam criar estratégias positivas de enfrentamento.
Especialistas no assunto recomendam que o professor não imponha seus julgamentos pessoais quando o aluno está enfrentando uma situação difícil, mas que questione a criança para que ela reflita e formule suas próprias respostas, aprendendo a escolher o melhor caminho de enfrentamento.
Aqui no Toque de Mãe, o desenvolvimento socioemocional das crianças é uma prioridade. Além das atividades que visam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, buscamos envolver toda a comunidade escolar, inclusive os pais, nesse tema.
Um bom exemplo foi a realização da palestra das especialistas Taís e da Roberta Bento, fundadoras da SOS Educação, sobre “Saúde Socioemocional para um Futuro de Sucesso”, um tema pertinente e que influencia diretamente na educação de crianças e jovens, para que eles consigam construir um futuro promissor, sem deixar de lado os cuidados com a saúde emocional dentro da rotina de estudos.
Foi uma excelente oportunidade reencontrar papais e mamães para aprendermos juntos mais uma vez.
Quais habilidades socioemocionais podem ser trabalhadas na educação infantil?
São várias as habilidades que são importantes de serem desenvolvidas nessa fase da vida. Além de promover um ambiente de ensino mais favorável, elas contemplam os anseios dos pequenos e promovem a equidade.
Dentre as principais habilidades trabalhadas na educação infantil, podemos citar:
- Autoestima – relacionada com o sentimento de autoaceitação, onde a criança aprende a apreciar as suas qualidades, compreender seus defeitos e lidar com isso de maneira positiva;
- Empatia – se trata da compreensão das emoções e sentimentos das outras pessoas, se colocando no lugar do outro;
- Confiança – se relaciona com a segurança de si mesmo e também do outro, mantendo uma convicção positiva em relação ao que busca;
- Paciência – capacidade de suportar as situações desagradáveis, demoradas ou injustas. A sua base é o autocontrole emocional;
- Autoconhecimento – conhecimento de si mesmo, essência e reações diante dos acontecimentos;
- Autonomia – capacidade para tomar suas próprias decisões;
- Criatividade – é aprender a utilizar conhecimentos e habilidades para inovar, criar coisas novas.
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5 benefícios das atividades pedagógicas ao ar livre
5 benefícios das atividades pedagógicas ao ar livre
Brincar ao ar livre promove benefícios para a saúde física e mental, além de aumentar o engajamento das crianças no processo de aprendizagem.
Em uma sociedade que está funcionando cada vez mais em ambientes fechados, brincar ao livre e manter contato com a natureza é algo que ganha maior importância na rotina das crianças.
Quando os pequenos estão ao ar livre, desenvolvem melhor os sentidos, têm a saúde mental beneficiada e reduzem sintomas de hiperatividade e déficit de atenção.
Além disso, nesses ambientes podem aperfeiçoar as habilidades de convivência social interagindo com outros da mesma faixa etária.
No papel de responsáveis pelo desenvolvimento dos filhos, os pais devem estimular a interação com o meio ambiente desde muito cedo.
Benefícios das atividades ao ar livre para as crianças
1 – Saúde
Passar mais tempo ao ar livre contribui para melhora da saúde física das crianças, com avanços no desenvolvimento motor, redução das taxas de obesidade e do risco de miopia.
Além disso, tomar sol de maneira segura contribui para a produção de vitamina D, que tem um importante papel no desenvolvimento dos ossos e no fortalecimento do sistema imune. A exposição ao sol também influencia na qualidade do sono e melhora o humor.
Ao praticar jogos, brincadeiras e atividades físicas ao ar livre, as crianças evitam o sedentarismo, condição que atinge cerca de 13% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos.
2 – Mais engajamento no processo de aprendizagem
As brincadeiras ao ar livre estimulam a curiosidade, o pensamento crítico e a criatividade. Enquanto estão brincando nesses ambientes, aprendem a planejar, negociar, priorizar e buscar soluções para problemas.
Existem estudos que mostram que as crianças que passam mais tempo explorando a natureza, conseguem obter melhores resultados na aprendizagem.
Além disso, elas costumam apresentar maior engajamento, ou seja, maior envolvimento com as atividades propostas na escola.
3 – Melhora da Saúde Mental
Existem muitos estudos que mostram que os casos de estresse e depressão são menores em pessoas que passam mais tempo na natureza.
O Manual “Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes”, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, afirma que as experiências com a natureza, principalmente em companhia dos amigos e da família, são como uma receita para uma infância feliz.
Além disso, as crianças apresentam aumento do foco e da concentração, reduzindo sintomas no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
4 – Comportamento positivo
Estudos acerca do tema, mostraram que as crianças que passavam tempo em ambientes naturais, apresentavam menos quadros de raiva ou agressividade. Além disso, a impulsividade era reduzida.
5 – Criatividade
A criatividade é uma qualidade inerente às crianças que pode ser ainda mais estimulada em contato com a natureza. Como ainda não conhecem tudo o que está à sua volta, os pequenos utilizam a imaginação para ir preenchendo lacunas e construindo narrativas.
Os elementos naturais são perfeitos para incentivar o lado criativo. As crianças podem explorar a terra, as plantas, construir castelos de areia e inventar novos mundos. Além de reinventar brinquedos e brincadeiras.
Quais atividades realizar ao ar livre?
Sabemos que com o crescimento das cidades, tornou-se mais difícil manter um contato frequente com a natureza. Principalmente, para as famílias que vivem em apartamentos.
Por isso, o ideal é estabelecer uma rotina que permita esse contato, seja visitando um parque, uma praça, ou qualquer outro local arborizado e com um espaço natural onde possam brincar e se divertir à vontade.
Nesses locais, vale soltar a imaginação, jogar bola, fazer um piquenique, caça ao tesouro, coleções de elementos naturais como pinhas, pedras e folhas, etc. São muitas as possibilidades.
Aqui no Toque de Mãe, todo o ambiente escolar é pensado para oferecer às nossas crianças um contato mais próximo com a natureza. O espaço da escola foi projetado com playground, piscina, jardim, árvores e um lindo gramado que permite aos pequenos brincarem livremente.
Confira em nosso Instagram um pouco das experiências vividas pelas crianças na área verde da escola. Para conhecer mais sobre nossa metodologia de trabalho e garantir a vaga do seu filho para o próximo ano letivo, acesse o site e entre em contato.
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A alimentação saudável como um dos pilares fundamentais na infância
Entenda como se desenvolve o paladar da criança e conheça estratégias para introduzir novos alimentos nas refeições diárias.
A alimentação saudável na infância é um fator essencial para garantir um desenvolvimento pleno e bons hábitos alimentares ao longo de toda a vida.
É nos alimentos que o corpo encontra os nutrientes que precisa para se desenvolver. Dessa forma, o que a criança come acaba refletindo de forma direta no seu desenvolvimento, crescimento e saúde.
É comum os pais e mães enfrentarem desafios no processo de introdução alimentar. Em geral, isso se deve ao desconhecimento a respeito da construção do paladar infantil.
Quando exploramos de forma positiva as preferências inatas da criança e trabalhamos para que os sabores desconhecidos sejam incorporados na alimentação cotidiana, é possível tornar o processo mais simples.
O início das preferências alimentares: útero e leite materno
A capacidade para reconhecer sabores tem início quando a criança ainda está no útero.
Moléculas derivadas da dieta da gestante, presentes no líquido amniótico, são responsáveis pelo começo do aprendizado sensorial, preparando o bebê para as experiências de sabores que virão após o nascimento.
Já nascido, a amamentação passa a influenciar o paladar. O sabor do leite pode ser modificado de acordo com a dieta da mãe.
Existem estudos que mostram que se a mãe come um determinado alimento com frequência no período de lactação, quando chega a fase da introdução alimentar, o bebê consegue consumir esse alimento de maneira fácil, sem apresentar resistência.
Como auxiliar na formação do paladar da criança?
É muito interessante conhecer como se desenvolve o paladar da criança para que os pais entendam as preferências alimentares e saibam como trabalhar isso.
Ao nascer, as crianças têm preferências por sabores doces e apresentam aversão ao azedo e ao amargo.
Tais preferências podem refletir num impulso biológico para alimentos com maior densidade calórica e alto teor de proteínas, que são essenciais ao crescimento e desenvolvimento. E ainda, uma aversão aos alimentos tóxicos ou venenosos, o que confere maior proteção à criança.
Contudo, com o passar do tempo, o paladar da criança vai sendo influenciado pelo ambiente onde ela está inserida.
Uma estratégia para conseguir implementar novos sabores na alimentação diária é a exposição repetida a novos alimentos. Estudiosos apontam que o ideal é apresentar um mesmo alimento de 10 a 15 vezes, com preparos diferenciados, para que a criança se acostume com o sabor e defina se ela aceita ou não comer esse alimento.
Outra estratégia é que as refeições sejam feitas em um ambiente alegre e tranquilo. Ambientes com conflitos, tensão, discussões e desordem aumentam as chances de a criança não gostar do que está comendo.
Como a escola pode contribuir na formação do paladar?
A escola é um ambiente que influencia de modo significativo na alimentação infantil. Nós já mostramos por aqui como a escola pode contribuir com a introdução alimentar. Sugerimos que você faça a leitura do artigo.
Além do diálogo, é fundamental que a escola trabalhe a alimentação com atividades práticas e lúdicas, de modo a tornar o contato com os alimentos mais divertido.
Esse contato tranquilo e saudável da criança com os alimentos é de fundamental importância e deve ser estimulado desde a primeira infância.
Com este objetivo, aqui no Toque de Mãe trabalhamos em várias atividades diferenciadas. Um bom exemplo foi o piquenique saudável, realizado com a turminha do Infantil 1. A atividade que você pode conferir em nosso Instagram aconteceu ao ar livre, no jardim da escola.
Outro exemplo prático onde associamos a alimentação saudável com os conteúdos de outras disciplinas foi a contação da história “A Cesta da Dona Maricota”. Nela, os alunos puderam experimentar alguns legumes, como cenoura e batata cozida.
Além do estímulo ao paladar, a atividade que também compartilhamos no Instagram, teve como objetivo que as crianças identificassem e diferenciassem verduras, legumes e frutas com os brinquedos, desenvolvendo a habilidade matemática de classificação.
Para conferir mais atividades práticas realizadas no Toque de Mãe, siga nosso perfil nas redes sociais.
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Criatividade, um fator essencial para a infância
Entenda como a criatividade na infância é importante para a formação da identidade, determinando percepções da vida adulta.
A palavras Criatividade vem do latim creare, que está relacionado com a capacidade de criar, produzir, inventar coisas novas.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não se trata de um dom, mas sim de uma habilidade que, como qualquer outra, pode ser despertada e desenvolvida.
Para o psicanalista Donald Winnicott, a criatividade é o que dá sentido à vida humana, sendo um fator indispensável para uma vida plena e saudável. Além disso, segundo ele, a infância é um terreno fértil para a criatividade.
A inventividade, a inovação e a elaboração são naturais nessa fase da vida. É muito difícil imaginar uma criança se comportando como um adulto, sem suas invenções, aventuras e travessuras. Até mesmo quando os pequenos fingem ser adultos, a vida imaginada por eles é mais interessante do que a vida real.
Com tamanha capacidade criativa, as crianças vivenciam na infância um momento muito importante, que é o da formação da sua identidade. Winnicott afirma que a infância é um período de experimentações, onde a criança descobre os limites do próprio corpo, seus desejos e convicções em relação ao mundo e as pessoas.
**A importância da criatividade na infância**
Como você já pôde observar por meio das afirmações acima, a criatividade é um caminho que ajuda a criança a descobrir o próprio eu e desenvolver sua identidade.
Por isso, é muito importante que todas as crianças cresçam em um ambiente saudável, que possibilite o desenvolvimento do seu lado criativo.
Segundo Freud, a criatividade adulta está estritamente relacionada com a brincadeira infantil. Quando a criança expressa o desejo de ser adulto e brinca com isso, ela está assimilando o ambiente a sua volta e aprendendo regras de convivência.
A forma como a criança é estimulada irá refletir nas suas percepções na fase adulta. Estudiosos do assunto afirmam que a criança que é estimulada a usar sua imaginação, irá se tornar um adulto mais seguro ao tomar decisões, além de ter um maior senso criativo para solucionar problemas.
Tanto os pais quanto a escola se tornam responsáveis por garantir um espaço aberto para novas experiências, sendo agentes estimuladores dos sentidos da criança.
Como estimular a criatividade infantil?
Acredita-se que a criatividade pode ser estimulada desde o principio da vida, por meio do desenvolvimento de hábitos criativos que os pais podem trabalhar com os filhos, como ouvir música de qualidade ou introduzir jogos de criatividade na rotina.
É fundamental que as crianças tenham espaço na rotina para o brincar. Além disso, os pais devem proporcionar ambientes que sejam emocionalmente saudáveis, amorosos, seguros e ricos em estímulos que despertem a curiosidade e permitam brincadeiras exploratórias.
A escola também tem um papel muito importante nesse sentido, devendo proporcionar atividades que estimulem a criatividade por meio das artes e também do brincar livre e espontâneo.
Aqui no Toque de Mãe, estamos sempre buscando promover a criatividade na educação infantil.
Veja um exemplo prático onde os aluninhos do Infantil 3 praticaram pintura livre com tinta, estimulando a criatividade e expressão artística, além da destreza com as mãos.
Na fase de pré-alfabetização, o manuseio de pincéis auxilia na aquisição de importantes habilidades para o movimento da escrita cursiva, prática que já começa a ser inserida na vida das crianças a partir desta etapa da vida escolar.
O que fazer e o que não fazer para estimular a criatividade?
Ao estimular a criatividade infantil é muito importante evitar críticas, estabelecer regras de maneira saudável e sem excessos e evitar corrigir constantemente a criança.
Quanto as ações que são positivas no estímulo ao lado criativo dos pequenos, recomenda-se:
– Incentivar os gostos e habilidades da criança;
– Levar a criança para conhecer outros lugares e culturas;
– Incentivar a curiosidade;
– Aproximar a criança das mais diferentes expressões artísticas;
– Deixar que a criança encontre suas próprias respostas.
Para conferir mais assuntos relacionados com o desenvolvimento infantil, acesso o Blog do Toque de Mãe.
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